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domingo, 26 de maio de 2013

Guayabita


Faz um tempinho já que não escrevo sobre alguma marca mais moda, então, perambulando por aí, encontrei a Guayabita, marca venezuelana nascida em 2009, pela estilista Vanesa Coto, que tem como objetivo lançar peças básicas e essenciais ao guarda-roupa da mulher moderna, e não uma peça de moda.
Começou com uma simples proposta, com a coleção Nido de Sueños, com a mulher romântica e delicada, e, mantendo o mesmo estilo da peça, houve uma reviravolta em seu público a partir da coleção Mundo Magico, que, apenas com o editorial colorido e divertido, já expressa muito mais identidade do que as duas primeiras coleções.
Nido de Sueños

Mundo Magico
Porém, o que me conquistou foi o último editorial, Lucky (de agora, 2013). Com a temática da "sorte" (representada pelo verde do trevo de quatro folhas), as cores se destacam, tanto nos acessórios como na make. Trouxe algumas fotos para compartilhar com vocês:





As cores dão uma nova cara à marca,e  junto disso, maior credibilidade a ela no mundo da moda. Tenho que dizer que, o que antes era minha paixão, agora se torna minha tortura: a calça em stripes, assim como as calaveras, assim como corujas, estão supersaturadas, podendo encontrá-las em cada esquina. Infelizmente o Brasil é assim, se algo dá certo, usamos até se desgastar e tornar poeira. Mas a parte disso, é um ótimo editorial que mostra um estilo divertido para mulheres que não ousam muito no seu dia-a-dia. 

Suas roupas só estão disponíveis na Venezuela e no Panamá, mas ainda podemos nos contentar com as lindas imagens.

Para conhecer um pouquinho mais, aqui.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fazer Moda x Seguir Moda




Sim, porque é preciso explicar. Canso de ouvir gente falando “Noooossa, VOCÊ faz faculdade de moda?” Imaginem uma garota simples, calça jeans, tênis e camiseta. Sim, essa sou eu. Eu não uso maquiagem, não passo quilos de base, não passo perfume, só me arrumo pra sair. Gente que acorda cedo e pega trem, metrô, ônibus, sabe como são sagrados os minutinhos a mais de sono. Então como poderia uma pessoa assim criar e fazer “moda”.
Primeiramente, o que é Moda? Já discutimos isso algumas vezes aqui. É Vogue, é marca? É aquilo que está no momento? É basicamente qualquer coisa que seja criada por um designer? Talvez sejam todas as coisas. E por isso muita gente confunde. Gente, ninguém anda pelado. Então seria uma boa hora pra começar a pensar que moda não é tão inútil e desnecessário assim. Inútil é criar uma redoma de preconceitos em volta disso, principalmente pelos próprios “criadores de moda”. Fazer uma faculdade de moda é uma coisa PRÉ- Vogue. É antes de decidir o que vai ficar nas revistas, o que a galera vai usar. Isso SE você escolher seguir este caminho. Como eu disse, ninguém anda pelado, e alguém precisa criar essas roupas. Desde as senhoritas fashionistas Julia Petit até a minha avó, pessoa relativamente simples. E se vocês pensam que SPFW é glamour, é grana, estão enganados. Só a taxa pra entrar, é alta, e os custos de confecção às vezes não são cobertos pelo retorno. Claro, estamos falando de marcas mais ou menos novas, tipo dez anos. Diferente de ter uma lojinha no Brás, constante, simples e firme em seu estilo. Os maiores consumidores são classe B e C, e você aí com preconceito de criar blusinha com estampa dos Vingadores.
Coleção "Reconstruindo o Sistema" Inverno/2012

Então cabe ao adorável estudante decidir que caminho seguir: dinheiro, fama, constância, liberdade de criação, tudo junto ou nada disso. A partir disso, só resta fazer contatos, sair muito, escolher se você quer vestir o que você é ou não. E aceitar que nem todo mundo entende isso; pra muitos, você é sim o que você veste. E aceitar que, quanto maior o público direto, quanto maior esse glamour, maior o personagem, a máscara que você tem de usar. E imperfeições são inadmissíveis.
E por isso eu escolhi o outro lado. A liberdade de criação. O contato humano. Porque eu não preciso estar impecável. Porque eu NÃO SOU impecável. Que ser humano é? Quando eu entrei na faculdade, dois anos atrás, entrei cheia de preconceitos, cheia de pedras. Eu tinha acabado de sair de uma federal de alto nome. Mas, fui descobrindo, fui ME descobrindo. Me olham torto, e é engraçado como muitas vezes sou EU que sofro o preconceito. Mas me mantenho firme na minha decisão. Porque entrei com o desafio de sair do mesmo jeito: sendo eu mesma. Quem quiser saber quem eu sou que me conheça. É mais difícil, não vou negar. Mas a vida não é assim?

Para conhecer mais meu trabalho:
 meu blog de fantasias aqui.
a minha loja aqui.
a minha página no face.