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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Lick My Legs



Olás!

Hoje trouxe para vocês marca Lick My Legs, especialmente seu segmento masculino. Surgida em 2009 em Paris, através do designer Matthieu Lapierre, a marca transpira anos 80, numa vibe Pop Art, com muitas colagens e sobreposições, transbordando sensualidade. A preview de sua coleção Spring /Summer 2013 já saiu, e nela podemos ver um toque extra de cores, que por sinal tem um quê de David Bowie. Você poderá encontrar algumas das fotos do lookbook S/S 2013 masculino logo abaixo:






 Uma delícia, hum?

Para conferir mais desta coleção, e das anteriores, só entrar aqui.
Algumas peças da coleção permanente podem ser adquiridas aqui.

domingo, 7 de outubro de 2012

Making of: Por que eu faço moda?




Olá pessoas, tudo bom?

Hoje, nessa vibe domingo-pós-eleição e sem clima nenhum pra ficar olhando os desfiles mais recentes (CHATOS), resolvi aproveitar para repensar alguns conceitos. Muitos amigos meus, principalmente os que me conhecem desde... Bom, desde sempre, vivem me perguntado porque que eu entrei na área da moda. Afinal, eu não gosto de combinandinho, não gosto de Caras, não gosto de desfiles e não gosto do superficial. E vamos combinar, é mais ou menos isso que nos restou hoje. Não só na área de moda né, cada vez mais as pessoas se perdem entre aquilo que elas são e aquilo que os outros são. E no final, todo mundo pensando assim, ninguém percebe que estão apenas criando um buraco negro de coisas tortuosas (como os Crocs, ninguém merece os Crocs) em que ninguém pede arrego primeiro porque não quer passar por uncool, mas todo mundo aponta o primeiro que sai da rodinha. A verdade é que qualquer tipo de massificação é um grande SNORE. As vezes nem foi essa a intenção, a criação teve uma ideia legal de sair do obvio, de sair da mesmice, mas aí o mundo inteiro tem a GENIAL ideia de ser especial, ser um individuo diferente, e... ok. Agora todo mundo usa sneakers (que por DEUS, desde sempre significaram “tênis” e não aquela mutação genética), spikes (que agora se chamam studs) e caveiras (OMG caveiras são tão hardcore e ao mesmo tempo mostra como sou feminina e descolada!). Acho que todo mundo tem o livre direito de usar o que bem entender, o que critico é como essa fixação acaba fechando o mercado para enfim, para todo mundo que quer ter a própria personalidade. E eu nem falo dos consumidores.

Ao longo da minha curtíssima vida tive a sorte de conhecer pessoas comuns como eu e você com uma genialidade incrível para o que diz respeito à arte. Antes de qualquer coisa, quando eu digo arte, me refiro à capacidade e criatividade de expor em qualquer tipo de forma aquilo que a pessoa traz dentro de si. Ok, esclarecido isso, continuando. Essas pessoas seguiram suas respectivas vidas e foram aperfeiçoando aquilo que faziam de melhor. Nem sempre era criar ou pintar ou fotografar, mas com certeza não era nada envolvendo um terninho cinza. Este maldito terninho cinza sufoca qualquer mente criativa. Conforme fui revendo estes amigos, e também vivendo as minhas próprias experiências, germinei dentro de mim uma ideia de que o mundo não poderia ser só isso que vemos, não pode ser que haja uma única regra para *mimimi aproximadamente* sete bilhões de pessoas no mundo. Fotógrafos e ilustradores NÃO TEM que ser publicitários, e designers de moda (desenhistas, criadores, fashionistas) NÃO TEM que seguir as Fashion Weeks da vida. Sim, este é o caminho mais fácil, mas não é regra. Meu ideal é criar um mundo novo, e não ser mais uma em um mundo pseudo-inovador onde todo mundo usa Instagram.

Então, por que eu resolvi estudar e seguir a carreira de moda? Porque eu resolvi dedicar a criação do meu próprio mundo aos tecidos, e às vestimentas. Porque quando acordamos, é vital nos vestir antes de sair. É a nossa máscara. E não é justo para alguns de nós que essa “máscara” não possa representar aquilo que realmente somos, e não algo que seremos apenas por 3, 4, 6 meses, até que a próxima coleção venha. E que o mundo não é justo já cansamos de saber, mas mesmo assim ele precisa ser cinza? Vivemos 5, 6 dias das nossas semanas (quem eu quero enganar? Trabalhar hoje em dia é MUITO mais que isso) vestidos para os outros, agindo para os outros, sendo o que fomos criados para ser para os outros. E se um dia percebêssemos que o céu é uma grande lona e estamos todos sendo filmados? E que a vida é muito maior do que trabalhar para pagar as contas? Que o nosso intelecto é muito maior do que olhar desfiles e copiar os looks? O que eu trago aqui para vocês nesses meses é aquilo que eu consigo de encontrar de diferente no meio das Diors e Chanels (Chanel que me perdoe, mas que é sacal É.). As vezes encontro alguma outra coisa genial, que não tem nada diretamente a ver com moda, e as vezes não encontro nada. E daí não posto nada. Mas a ideia é filtrar as mentes mais mágicas (brisadas?) daquilo que o resto do mundo está adorando.

Booom... Já falei demais para um dia só, e se ninguém estiver dormindo ainda, trouxe algum pouco material de artistas da vida real, em carne e osso, que me inspiram de verdade para continuar a vida sofrida e pouco lucrativa de criar-modelar-costurar. Enjoy!








Mariana Barossi

Para conhecer o som, só baixar a demo.